sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cruz no caminho

Samuel escrevendo:

Tenho grande interesse no assunto e passei por algumas situações "estranhas" e também cresci ouvindo histórias do gênero. Segue então a minha "primeira vez".

Era um sábado à noite, há mais ou menos uns 15 anos atrás, no povoado ervalense conhecido como Casca, indo pra o São João com mais duas pessoas para um jogo de truco.
Estávamos numa Pampa, pick-up da Ford, os 3 na cabine.
No morro que separa os dois povoados, tem um cruz que, pelo costume, sinaliza aonde morreu alguém.
Iámos convensando e ouvindo rádio, seguindo devagar. Aí o assunto acabou e fez um silêncio que só durou uns 10 segundos. Quando passávamos exatamente em frente a cruz, o segundo passageiro deu um pulo dentro da cabine e entrou em um grande desespero. Os 2 primeiros segundos, ele usou pra gritar algo parecido com: "PUTAQUEOPARIUCREDOEMCRUZAVEMARIAJESUSCRISTOCREIOEMDEUSPAI".
Eu e o motorista, sem entender nada, perguntamos o que estava acontecendo. O segundo passageiro, muito assustado, disse que quase tínhamos atropelado "o cara". Perguntou se não tínhamos visto nada. Dissemos que não pois realmente não tínhamos.
Ele explicou que apareceu um cara do lado da estrada onde estava a cruz e atravessou na frente do carro e por muito pouco o carro não atropelou ele.
Aí ja entendemos tudo. Acostumados a ouvir histórias de espíritos que surgem perto de suas cruzes, associamos ao fato. O segundo passageiro tinha acabado de ver o espírito, dono daquela cruz. Aos poucos, ele se acalmou. Uns 400 metros à frente, o motorista parou o carro e desligou tudo. No meio do nada. Aí, esperou aqueles segundos preciosos de filme de suspense e disse ao segundo passageiro:
-"Vai lá chamar o cara pra jogar truco!"
O segundo passageiro, já tranquilo, desceu do carro. Ja ia saindo, então voltou e perguntou: -"Mas que cara?"
-"Aquele que você viu alí atrás."
O segundo passageiro deu um salto pra dentro do carro, meio puto, meio sem graça e falou pra irmos embora logo.
E fomos, sem mais complicações.


PS: Os nomes dos caras que estavam comigo, prefiro preservar por motivos convenientes e inconvenientes.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma casa Mal assombrada

Histórias de casas mal assombradas, existem aos montes. Mas uma me chamou atenção, pois fenômenos ocorriam até durante o dia. Nesse caso nem tem muita história, posto que a moradora que me contou nunca falou nada de excepcional que ocorreu antes desses fenômenos acontecerem. Então vou citar só as experiências vividas pela família.

Uma família normal, vivia ate uns 8 anos atrás numa antiga fazenda localizada num lugar denominado Capivara da Fumaça. Eles viveram uns três anos convivendo com coisas inexplicáveis que ocorriam o tempo todo. Após grandes sustos, e um início de depressão eles abandonaram essa casa, que existe até hoje. Mais agora sem moradores.

Então vou descrever tais eventos. Tudo começou quando uma das filhas da dona da casa começou a ver gente correndo em volta da casa sempre em dois horários, meio dia e três da tarde. De início ninguém acreditou na menina, até que em um dia de chuva a mãe foi conferir onde a menina falava que via as pessoas e viu rastros em volta de toda casa.

Outro fenômeno sempre acontecia na cozinha. Nas madrugadas dava pra se ouvir gente tirando café da garrafa e comidas nas panelas. Entretanto, quando alguém ia averiguar, só encontrava os copos e pratos sujos.

Também aconteceu mais de uma vez e com pessoas diferentes. Algo puxar os cobertores de quem estava dormindo, mas quando a pessoa acordava não via nada.

E nos últimos dias que essa família esteve lá ouvia se um choro de criança. E era comum na manhã do dia seguinte eles encontrarem chupetas e mamadeira na casa.

Esses relatos são de uma grande amiga minha, que mora na cidade há alguns poucos anos. E depois que saiu da casa nunca mais voltou lá. Segundo ela, foram três anos de muito pavor.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O pé de Hingá

Há uns 50 anos atrás, quando na zona rural o meio de transporte mais rápido ainda era uma charrete. O transporte dos mortos era feitos pelos próprios familiares e amigos. Grandes distâncias eram vencidas nos braços de parentes.
Então, quando morria uma pessoa a própria família fazia o caixão e preparava o corpo para o sepultamento. E depois todos rumavam para a cidade a pé revezando o transporte do caixão. E no caminho, tinham as paradas, tais paradas eram conhecidas como “parada de defunto”. E uma delas era o pé de Hingá. E sobre esse pé de Hingá era comum que as pessoas falassem que viam coisas estranhas acontecerem lá a noite. Então irei contar um pouco sobre o pé de hinguá.
Esta árvore supostamente assombrada fica em uma estrada muito movimentada, em uma roça muito próxima da minha casa. Mais eu sinceramente nunca vi nada, mais já ouvi muitos relatos. Um desses relatos veio de um morador que foi professor na sua juventude e é mais ou menos assim.
Há muitos anos um jovem começou a namorar escondido, uma filha de um fazendeiro. Não era pobre, mas também não era rico e por isso o Senhor das terras o proibiu de namorar sua filha. Contudo este fazendeiro mandou um matador dar fim no rapaz. Ele morreu ao chegar a sua casa com um tiro de espingarda nas costas.
Em seu velório todos estavam presentes, inclusive o mandante de seu assassinato. Mas na hora em que o fazendeiro chegou perto do caixão o corpo do defunto mexeu, as sobrancelhas. E esse fenômeno, segundo os mais velhos era um sinal que o espírito do morto dava para mostrar que era seu assassino. Entretanto, como todos no lugar tinha medo deste fazendeiro, ninguém fez nada.
No dia seguinte, quando iam partir com o corpo, o fazendeiro que morava perto do Pé de Hingá, já os esperava na sobra de tal árvore, para falsamente ajudar na árdua tarefa de carregar o corpo deste jovem rapaz. Quando a trupe chegou na “parada de defunto e eles iam trocar as pessoas que estavam carregando o caixão o fazendeiro se prestou a ajudar. Mais quando ele pegou o caixão algo estranho aconteceu. O peso do caixão aumentou inexplicavelmente ao ponto deles soltarem o corpo do rapaz no chão. Com isso todos correram de medo. E o caixão ficou ali ate o outro dia e só assim eles tiveram a coragem de levado a cidade para ser sepultado.
Hoje as pessoas falam que sempre vê um caixão embaixo da arvore com uma garota chorando. Dizem que a moça faz juras ao corpo que nunca se casaria. Em honra de seu amado. Mais muitas pessoas falam que já viram outras coisas inexpressíveis neste local, como luzes e vozes. Mais eu, nunca tive o privilegio de ver nada.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Pacto com o Saci

É comum a todos, ouvirem a palavra Saci, lembrarem do neguinho de uma perna só. Mas ao contrário do famoso saci, este que se passa na história que irei contar, não é amigo de uma boneca de pano, nem de uma menina de nariz arrebitado. Para nos Saci não e nada mais nada menos que o próprio Diabo.
A história é assim:

Uma vez um jovem de aproximadamente 18 anos, passava por uma grande crise. Seu pai tinha morrido um ano antes em uma briga de buteco, e pra ele tinha deixado apenas sua mãe e seus irmãos. Sua mãe muito doente e apenas um irmão poderia ajudá-lo a sustentar toda a família. Com muita dificuldade ele conseguiu sustentá-la, até que suas irmãs casaram e sua mãe alguns anos depois veio a falecer. Mas, mesmo assim ele conseguiu segurar as pontas por um bom tempo.

Este rapaz, já com os seus 27 anos, sentia se frustrado e feliz ao mesmo tempo. Feliz por ter ajudado sua família e frustrado por não ter a sua. Outra coisa que o chateava era sua situação financeira.

Um dia ele voltava do forró bem tarde da noite, quando ele começou a lamuriar sua situação. Então ele prometeu que toparia qualquer coisa para poder ficar rico e realizado. Neste momento o Saci apareceu para ele, e fez uma proposta. O Saci falou a ele que o tornaria rico e realizado, mais que 27 anos voltaria para pegar metade de tudo que teria conquistado. Este rapaz aceitou sua proposta. Então a entidade demoníaca desapareceu.

O rapaz seguiu sua vida normalmente e as coisas foram acontecendo. Numa festa de casamento ele conheceu uma bela moça, filha única de um grande fazendeiro da região. Em menos de um ano ele já estava casado e sua esposa esperando seu primeiro filho. Três anos depois seu sogro morre, e deixa para sua família duas enormes fazendas que produziam muito café e rapadura. E assim com o passar do tempo ele multiplica sua fortuna.
Quando esse homem fez cinqüenta anos, ele já tinha as maiores fazendas da localidade e uma bela família, composta por sua esposa e seus oito filhos, todos saudáveis e vigorosos.

Mas, os anos foram passando e ele não se lembrou do trato com o Saci. Mais quando se passaram os 27 anos ele veio a ele buscar sua parte. Ele apareceu numa madrugada quando o homem estava no alto de um pasto buscando seu cavalo. Ele falou que queria uma quantia de dinheiro, e deu o prazo para ele entregar. Mais este homem se indignou, para que o saci quer dinheiro? E não cumpriu sua parte do acordo. O saci aparece para ele mais duas vezes cobrando o dinheiro prometido, mais o homem negou. Então o saci falou que ele mesmo buscaria sua parte de suas riquezas.

Um ano se passou, e nada tinha acontecido. O homem todo satisfeito pelo saci não ter aparecido a ele, e tinha ainda a alegria de ser avô, pois seu filho mais velho tinha se casado e sua mulher estava prestes a dar a luz. Mais então na hora do parto acontece um imprevisto, os bebês eram gêmeos e a parteira não conseguia concluir o parto. Após horas de agonia e a certeza que os bebês já estavam mortos a mãe falece. O filho primogênito do homem em são desespero, se suicida. Com todos esses fatos sua esposa enlouquece e ele entra numa grande depressão pelo acontecido.

Após alguns poucos anos o Saci volta, e fala que sua parte das riquezas do homem ele tinha já levado com sigo. Essas riquezas eram sua felicidade e sua família.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A morte dos gêmeos

A morte dos gêmeos

Nas rodas em torno de fogueiras e no imaginário das pessoas da minha vizinhança existe uma história trágica que assustou e assusta os moradores há muitos anos. Essa história aconteceu a mais de 80 anos e hoje temos apenas uma testemunha do acontecido, que se nega em falar desse assunto.

A história começa assim, numa fazenda de café, nas bordas da serra da Mantiqueira tinha uma família com muitos filhos. Além de ter muitos filhos essa família tinham em seu convívio um grande número de empregados e agregados como os compadres e comadres. Entre os filhos tinha um casal de gêmeos não idênticos (Pedro e Maria das graças) com a idade de 12 anos.

Pedro era um garoto tímido, tão tímido que os empregados da fazenda começaram a chamá-lo de marica, de menina, coisas que agrediam sua masculinidade. Sofrendo com os acedios de vários homens, Pedro passa a tentar descobrir os caminhos de sua masculinidade. Pensa em perguntar seu pai, mais como sabia que era um homem muito religioso desiste com medo de alguma repreensão. Ficando assim muito confuso.

Com o passar do tempo ele percebe que um empregado de seu pai todos os dias ele pulava a janela da casa a noite para poder encontrar com umas das serviçais da casa. Um dia ele esconde no sótão da casa para assim descobrir o que o homem fazia no quarto da serviçal.
Após descobrir o que o homem fazia, ele descobriu o que era ser homem. Então um dia ele chamou Maria das Graças sua irmã e foi mostrá-la o que tinha visto. Os dois foram num canto da lavoura e então começaram um ato sexual.

O pai de Pedro viu que os dois tinham se escondido, e foi atrás deles para ver o que estava acontecendo. No momento em que ele viu os dois em um ato de incesto ele fica chocado com aquilo. Então ele leva os dói pra fazendo na pancada, na fazenda após contar para sua esposa e começar em entrar em um estado de muita raiva. Ele atira em Pedro que morre na hora, já Maria das graças morreria no dia seguinte por ter se machucado muito com o espancamento de seu pai. Seu pai para correr de qualquer responsabilidade, enterra os dois no alto de um morro, aos pés de um coqueiro de indaiá.

Após alguns anos o fazendeiro se arrepende do feito e enlouquece. Subindo o morro todos os dias para pedir perdão pelo assassinato de seus filhos. Muitos anos se passaram e todos os dias ele ia ao pé do indaiá para rezar pelos seus filhos e pedir perdão pelo seu ato. Próximo da morte e já muito doente um estante de loucura, ele pega parte de sua fortuna e a enterra ao lado do túmulo de seus filhos como se fosse a herança deles. Em pouco tempo esse velho fazendeiro morre, mas a história continuou viva.

Muitos anos depois, uma turma de amigos resolve ir ao pé de indaiá ver se era verdade a história de seus pais. Ao chegar próximo um deles passa mal ficando no caminho. Os outros continuam a sua jornada em direção ao pé do coqueiro.
Um deles tem a impressão de ouvir vozes, mas mesmo assim eles continuam o caminho. Ao avistar o coqueiro eles vêem duas crianças chorando no pé do coqueiro, ao chegar mais perto as crianças se levantaram e acenaram para eles pararem de irem em direção do coqueiro. Eles ignoram o pedido e chegaram mais perto, o garoto atirou um pedra em direção aos amigos. Após a primeira pedra uma chuva de pedras rumou em direção aos amigos. Eles correram morro a baixo até chegar na venda, todos eles muito machucados com cortes profundos na sua costas, todos menos o que passou mal e não foi atingido por pedra nenhuma.

Hoje em 2011 temos uma irmã de Pedro e Maria das graças que tem a idade de 108 anos e sempre negou em falar sobre esses assuntos. Dos amigos temos 5 vivos com idade em torno de 40 a 50 anos, e um deles morreu moço vitima do alcoolismo.