quarta-feira, 20 de abril de 2011

PURIS

Hoje é ainda comum apontar uma pessoa e falar que ela e filha ou neto ou parente de um antigo herege ou feiticeiro. Eu mesmo sou apontado como bisneto de um homem que tinha o dom de se transformar em estaca ou cupinzeiro para fugir da policia ou de desafetos. Hereges eram todos que professavam uma religião não comum à católica, já o feiticeiro era o que tinha status dentro dessas religiões. Muitas dessas crenças se perderam com o tempo, por muito combate da igreja e do estado (policia).

Vou lhe contar sobre uma historia de um feiticeiro que sofreu nas mãos dos servos dos de Deus.

Numa localidade muito próxima a minha casa tinha um homem de baixa estatura, de pele morena levemente vermelhada, que tina a penúria de ter os pais puris (tribo indígena presente na zona mata mineira, conhecida por ter uma cultura muito ligada a abito simples e grande domínio da arte das ervas e raízes) esses nativos foram aculturados pela população branca e negra que chegastes aqui no inicio do Sec. XIX.

Esse homem vivia numa pequena casa de sape apenas na companía de uma filha e de seus inúmeros gatos, e ele vivia a base da troca de garrafadas em mercadorias necessária para a sobrevivência sua e de tua família. Mais ele tinha um grande problema, era alcoólatra. E em um dia de alcoolismo teve atrito com um sacristão.

Numa ida sua a um armazém para poder comprar toucinho e querosene ele se embriaga e fica em um canto sozinho. No armazém todos o respeitaram o silencio do homem, até que chega um sacristão e começa a fazer provocações, dizendo que o povo puri não era provido de alma e nunca chegaria ao reino dos céus. Mais ele foi mais adiante com os incultos, falando que o tal homem não era digino de ficar no lugar onde estava e o arrastou o pra fora do local. Mesmo que todos os outros presentes o respeitarem, eles ficaram com medo de agir contra o sacristão que detinha certo respeito na cidade.

Com a demora a filha do homem foi até no local e o buscou. E assim um bom tempo se passou. Mais como era comum, tempos atrás, uma epidemia de uma doença que eu não posso afirmar qual era que causava um suor intenso e uma morte em poucos dias atacou muitas crianças da localidade, mais o homem que era detentor da medicina puri começou a fazer uma emuçao de ervas e raízes que se ministrada no inicio quase sempre curava os rebentos da comunidade.
Uma neta do sacristão ficou doente, e com muita persistência da família do religioso eles.

Levaram a menina ate o homem. Por incrível que pareça o homem não negou “atender” a menina. Mais apenas falou com um ar de sarcasmo que era um grande prazer tentar salvar a vida da menina. Mais a criança já estava muito adoentada e morreu dois dias depois.

O sacristão teve a certeza que no lugar de ser curada sua neta tinha sido envenenada. E tentou mobilizar a população contra o homem que tinha dado a cura a muitas crianças da comunidade e tentara salvar muitas outras. Mais sua tentativa tinha si dado em vão.

Mais então num acesso de fúria ele numa noite foi e incendiou a casa do homem que tanto odiara. No incêndio a casa que era feita de sapé e pau-a-pique rapidamente de consumiu em chamas. O homem se salvou mais sua filha não conseguiu sair da casa e morreu dentro da palhoça.

O homem ficou desatinado com ocorrido e se acabou no álcool, mais rapidamente se se perde no mundo e nunca mais foi visto, apenas chegou anos mais tarde a noticia que ele tinha morrido anos mais tarde numa cidade um pouco afastada da sua localidade. O religioso passou o resto da vida condenado pela comunidade pela morte da filha do homem e afastou-se da vida religiosa e morreu solitário abandonado pela família.
Essa historia é apenas uma de vários relatos de violência contra os Puris. E até hoje as pessoas tem certo preconceito em relação a esse povo que na verdade foi os primeiros a abitar nossa região.

Desculpas

Desculpe-me a todos os leitores de meu blog, pela pausa em postagem. Por que eu acabei de mudar de faculdade e estava sem tempo para medicar-me a esse prazeroso trabalho de resgate.