quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A morte dos gêmeos

A morte dos gêmeos

Nas rodas em torno de fogueiras e no imaginário das pessoas da minha vizinhança existe uma história trágica que assustou e assusta os moradores há muitos anos. Essa história aconteceu a mais de 80 anos e hoje temos apenas uma testemunha do acontecido, que se nega em falar desse assunto.

A história começa assim, numa fazenda de café, nas bordas da serra da Mantiqueira tinha uma família com muitos filhos. Além de ter muitos filhos essa família tinham em seu convívio um grande número de empregados e agregados como os compadres e comadres. Entre os filhos tinha um casal de gêmeos não idênticos (Pedro e Maria das graças) com a idade de 12 anos.

Pedro era um garoto tímido, tão tímido que os empregados da fazenda começaram a chamá-lo de marica, de menina, coisas que agrediam sua masculinidade. Sofrendo com os acedios de vários homens, Pedro passa a tentar descobrir os caminhos de sua masculinidade. Pensa em perguntar seu pai, mais como sabia que era um homem muito religioso desiste com medo de alguma repreensão. Ficando assim muito confuso.

Com o passar do tempo ele percebe que um empregado de seu pai todos os dias ele pulava a janela da casa a noite para poder encontrar com umas das serviçais da casa. Um dia ele esconde no sótão da casa para assim descobrir o que o homem fazia no quarto da serviçal.
Após descobrir o que o homem fazia, ele descobriu o que era ser homem. Então um dia ele chamou Maria das Graças sua irmã e foi mostrá-la o que tinha visto. Os dois foram num canto da lavoura e então começaram um ato sexual.

O pai de Pedro viu que os dois tinham se escondido, e foi atrás deles para ver o que estava acontecendo. No momento em que ele viu os dois em um ato de incesto ele fica chocado com aquilo. Então ele leva os dói pra fazendo na pancada, na fazenda após contar para sua esposa e começar em entrar em um estado de muita raiva. Ele atira em Pedro que morre na hora, já Maria das graças morreria no dia seguinte por ter se machucado muito com o espancamento de seu pai. Seu pai para correr de qualquer responsabilidade, enterra os dois no alto de um morro, aos pés de um coqueiro de indaiá.

Após alguns anos o fazendeiro se arrepende do feito e enlouquece. Subindo o morro todos os dias para pedir perdão pelo assassinato de seus filhos. Muitos anos se passaram e todos os dias ele ia ao pé do indaiá para rezar pelos seus filhos e pedir perdão pelo seu ato. Próximo da morte e já muito doente um estante de loucura, ele pega parte de sua fortuna e a enterra ao lado do túmulo de seus filhos como se fosse a herança deles. Em pouco tempo esse velho fazendeiro morre, mas a história continuou viva.

Muitos anos depois, uma turma de amigos resolve ir ao pé de indaiá ver se era verdade a história de seus pais. Ao chegar próximo um deles passa mal ficando no caminho. Os outros continuam a sua jornada em direção ao pé do coqueiro.
Um deles tem a impressão de ouvir vozes, mas mesmo assim eles continuam o caminho. Ao avistar o coqueiro eles vêem duas crianças chorando no pé do coqueiro, ao chegar mais perto as crianças se levantaram e acenaram para eles pararem de irem em direção do coqueiro. Eles ignoram o pedido e chegaram mais perto, o garoto atirou um pedra em direção aos amigos. Após a primeira pedra uma chuva de pedras rumou em direção aos amigos. Eles correram morro a baixo até chegar na venda, todos eles muito machucados com cortes profundos na sua costas, todos menos o que passou mal e não foi atingido por pedra nenhuma.

Hoje em 2011 temos uma irmã de Pedro e Maria das graças que tem a idade de 108 anos e sempre negou em falar sobre esses assuntos. Dos amigos temos 5 vivos com idade em torno de 40 a 50 anos, e um deles morreu moço vitima do alcoolismo.

10 comentários:

  1. André é uma dessas pessoas q todo mundo tem q ter na vida! Conhecia essa historia nao ! Massa!!

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  2. Muito boa a história!!! Adoro esses contos sombrios que povoam o imaginário (ou não) das pessoas de nosso querido Estado de Minas!!! Parabéns pela iniciativa de resgatar essas histórias!!!

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  3. Ta massa o Bróg! Qlquer dia desses, vo contar algumas histórias que ouvi por aí, pela vida, por Ervália...

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  4. Ficou muito mesmo. E ai vai uma dica: (se quiser seguir..) Acho que daria mais emoção aos causos, com algumas imagens no post, ou até mesmo post's só de imagens.. Falou!! Beijo.

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  5. Juliana, se vc quizer, num é dificil fotografar assombração não... só precisa um cadim de coragem, sangue-frio e cachaça boa. Brincando... dá pra juntar umas imagens sugestivas sim. Vo ver com o André se rola fazer isso. valeu pela participação

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  6. Acho que mandei um email pra Samuel ou André, não tenho certeza se foi enviado com sucesso. De qualquer maneira da uma olhada ai, tá legal?! Tem umas fotos bacanas que achei na net. Beijos!

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  7. Definitivamente maravilhoso. Adorei mesmo. Muito bom vc resgatar esses causos e compartilhar com agente ;)

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  8. Neste aqui faltou titulo André. Ficou muito massa, legal mesmo! A mulher de 108 anos eu sei quem é, mas a história eu não conhecia direito. Abração!

    Dumarlei.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Massa...legal a historia.
    Parabens, Cabeção !

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