segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O pé de Hingá

Há uns 50 anos atrás, quando na zona rural o meio de transporte mais rápido ainda era uma charrete. O transporte dos mortos era feitos pelos próprios familiares e amigos. Grandes distâncias eram vencidas nos braços de parentes.
Então, quando morria uma pessoa a própria família fazia o caixão e preparava o corpo para o sepultamento. E depois todos rumavam para a cidade a pé revezando o transporte do caixão. E no caminho, tinham as paradas, tais paradas eram conhecidas como “parada de defunto”. E uma delas era o pé de Hingá. E sobre esse pé de Hingá era comum que as pessoas falassem que viam coisas estranhas acontecerem lá a noite. Então irei contar um pouco sobre o pé de hinguá.
Esta árvore supostamente assombrada fica em uma estrada muito movimentada, em uma roça muito próxima da minha casa. Mais eu sinceramente nunca vi nada, mais já ouvi muitos relatos. Um desses relatos veio de um morador que foi professor na sua juventude e é mais ou menos assim.
Há muitos anos um jovem começou a namorar escondido, uma filha de um fazendeiro. Não era pobre, mas também não era rico e por isso o Senhor das terras o proibiu de namorar sua filha. Contudo este fazendeiro mandou um matador dar fim no rapaz. Ele morreu ao chegar a sua casa com um tiro de espingarda nas costas.
Em seu velório todos estavam presentes, inclusive o mandante de seu assassinato. Mas na hora em que o fazendeiro chegou perto do caixão o corpo do defunto mexeu, as sobrancelhas. E esse fenômeno, segundo os mais velhos era um sinal que o espírito do morto dava para mostrar que era seu assassino. Entretanto, como todos no lugar tinha medo deste fazendeiro, ninguém fez nada.
No dia seguinte, quando iam partir com o corpo, o fazendeiro que morava perto do Pé de Hingá, já os esperava na sobra de tal árvore, para falsamente ajudar na árdua tarefa de carregar o corpo deste jovem rapaz. Quando a trupe chegou na “parada de defunto e eles iam trocar as pessoas que estavam carregando o caixão o fazendeiro se prestou a ajudar. Mais quando ele pegou o caixão algo estranho aconteceu. O peso do caixão aumentou inexplicavelmente ao ponto deles soltarem o corpo do rapaz no chão. Com isso todos correram de medo. E o caixão ficou ali ate o outro dia e só assim eles tiveram a coragem de levado a cidade para ser sepultado.
Hoje as pessoas falam que sempre vê um caixão embaixo da arvore com uma garota chorando. Dizem que a moça faz juras ao corpo que nunca se casaria. Em honra de seu amado. Mais muitas pessoas falam que já viram outras coisas inexpressíveis neste local, como luzes e vozes. Mais eu, nunca tive o privilegio de ver nada.

5 comentários:

  1. Não tenha pressa! UM dia o sinhô vai presenciar alguma coisa do gênero... demorou, mas ja aconteceu comigo duas vezes. É ruim, mas é bão!

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  2. Muito interessante. Quero conhecer essa árvore. Essas narrativas me fazem sentir mais perto da cidade de meus familiares. Gostei muito de saber mais sobre os causos de Ervália.

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  3. Uiii eh ruim mais baum Samuca????
    Tô interessada tmb em conhecer essa arvore...
    Se a moça não se casou ela eh esperta... vida de solteira eh o q há... qto aos CAUSOS de Ervalia tô amando... quero mais.. ^
    Cabeção tô amando os CAUSOS DA ROÇA... naum tem algo como os q meu pai me contava qdo eu criacinha???
    Eu quero uma historia como aquela q te contei da mula sem cabeça com "olhos" de fogo...
    Eu amava os CAUSO DE GUAREI interior de SUMPAULO terra natal de meu pai

    Bjim

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